terça-feira, 10 de abril de 2012

Me dá um selim?

Mestre da HQ Milo Manara e o diretor Tinto Brass exploraram o fetiche sobre duas rodas
Reprodução
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Cena do filme Monella, de Tinto Brass

No quadrinho erótico, nada se compara a Milo Manara. ele e outro conterrâneo, o italiano Tinto Brass (com o filme Monella), diretor de Calígula, exploraram o fetiche sobre duas rodas.

      Lola mal saiu da adolescência e tem pressa para experimentar algo que ocupa seus pensamentos 24 horas por dia: sexo. Muito bonita, sexy e curiosa, não sabe se conseguirá esperar até o breve casamento para perder a virgindade. Seu noivo, o filho do padeiro, tenta resistir porque quer a futura esposa pura até a lua de mel. Mas parece difícil segurar a moça, que vive pelo vilarejo a pedalar, sem se preocupar muito se vão falar de sua saia curta e esvoaçante. Essa é a trama que move os quase 100 minutos da comédia “Monella” (1998), um dos mais saborosos filmes do mestre do “pornô-soft”, o italiano Tinto Brass, aquele que escandalizou o mundo em 1979 com a suruba dos senadores e suas esposas em “Calígula”. Como em todo longa seu, Brass usa a bicicleta para criar um pretexto e explorar as fantasias de uma garota para lá de fogosa. Não é preciso muita imaginação para perceber que a ninfeta Monella meio que faz sexo com o selim, em movimentos de pernas e quadris capazes de enlouquecer o espectador em segundos. A história é um espetáculo visual de sensualidade da atriz Anna Ammirati.

Reprodução
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Click 4 (no alto), momentos do criador das mulheres mais belas do mundo, Manara

O correspondente a Brass nos quadrinhos também é italiano: Milo Manara, que ficou famoso pela série “O Clic”, em que um cientista tarado e desprezado por uma linda e jovem milionária resolve se vingar e implanta um chip no cérebro dela para que sua libido seja acionada por controle remoto nos momentos mais inconvenientes possíveis. Hábil em explorar as mais universais fantasias sexuais dos ocidentais, Manara também já voltou sua atenção para um fetiche em especial: a bicicleta. E fez isso em pelo menos dois de seus álbuns: “O perfume do invisível” e “O Clic” – volume 4. No primeiro, uma jovem loura anda de moto e é seguida por uma bicicleta que parece andar sozinha. Na verdade, seu perseguidor está... nu e invisível! No segundo, a recatada Claudia Christiani se transforma em uma devassa e dá uma de Monella, ao brincar com o banco de couro da bicicleta numa movimentada rua italiana. Tudo porque o aparelho que controla sua vontade sexual caiu nas mãos de um casal de primos que arma um plano de chantagem e extorsão. Com apenas uma camisa de mangas compridas, porém curtas, sem nada por baixo, ela pega a bicicleta e... a imagem acima diz tudo.

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