sábado, 28 de janeiro de 2012

Ciclo Expedição Alfenas x Basílica de Aparecida/SP


Ciclo Expedição Alfenas x Basílica de Aparecida/SP

Saímos na segunda-feira, dia 23 de Janeiro de 2012 às 04h00min da manhã, equipados com barracas e mantimentos com destino à cidade de Aparecida/SP onde fica o santuário de Nossa Senhora de Aparecida.

ALFENAS/MG, Caiana, Machado, Poço Fundo, Cachoeira de Minas, Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí, Piranguinho, Itajubá, Delfin Moreira, Piquete, Lorena, Guaratinguetá, e enfim o destino, APARECIDA/SP!

Foram 10 cidades mineiras e quatro cidades paulistanas.

Como ciclo ativista, tive um olhar clínico em relação ao trânsito de bicicletas no decorrer da viagem, foram muitas paradas, muitas prozas, muitas amizades e histórias que ouvi no decorrer da viagem, é incrível como este estilo de viagem (CICLOTURISMO) nos interage com a natureza e com as pessoas que cruzamos pelo caminho, me lembro ainda de cada rosto e cada momento em que tive a oportunidade de admirar e ser admirado por pessoas das mais variadas personalidades, desde empresário até os ribeirinhos que transitam pelas estradas à caminho do seu trabalho ou de casa usando a bicicleta.
No estado de São Paulo a bicicleta já é bem difundida como meio de transporte, e isso vem sendo transmitido às cidades que fazem divisa com Minas Gerais, quanto mais nos aproximamos do estado de SP as bicicletas vão ficando mais frequentes pelo caminho. Pouso Alegre tem um fluxo razoável de bicicletas em relação à Itajubá, que me impressionou com a quantidade de ciclista espalhados pelas vias, paraciclos também fazem parte de todo comércio inclusive bares! Porém fui encontrar a primeira e única ciclovia somente no estado de SP, em Lorena.

Nos dois primeiros dias, ainda contei com a companhia do Amigo ciclo turista Emílio Ayer, pedalamos no primeiro dia 135 km, até um pouco depois de Pouso Alegre onde acampamos em um bosque às margens da rodovia MG-179, apesar dos pernilongos que começaram a atacar com o anoitecer conseguimos dormir bem depois de degustar um vinho e apreciar uma fogueira na brisa fresca da noite.
Acordamos bem cedo, às seis da manhã o acampamento já estava todo dentro dos alforjes e saímos a pedalar novamente pela MG-179, adiantamos mais 15 quilômetros até a cidade de Santa Rita Do Sapucaí e Emílio Ayer começara a apresentar sintomas de cansaço e desgaste físico, fizemos muitas paradas pela manha deste segundo dia e conseguimos adiantar mais uns 10 quilômetros até a cidade de Piranguinho onde Emílio se deu por entregue e infelizmente teve de abandonar a ciclo expedição voltando de ônibus direto para a cidade de Alfenas, pedalamos naquela manhã, desde às 6:00hs da matina até as 14:00hs somente 45 quilômetros!

Sem o parceiro de expedições anteriores tive de seguir sozinho, sentido a SERRA DA MANTIQUEIRA.
Logo que nos separamos, passei por um senhor, pouco antes da cidade de Itajubá, ainda em Minas Gerais, e indaguei-o sobre a distância que faltava para a próxima cidade, ele me respondeu que eram apenas alguns quilômetros e perguntou o meu destino, respondi-o e ele logo sugeriu que eu pegasse um trecho alternativo por Delfin Moreira/MG, que passaria por dentro da Serra da Mantiqueira e ainda pegaria subidas mais brandas do que se eu seguisse por Wenceslau Braz, adorei a ideia, aprecio muito aquele clima de montanha e a natureza abundante dos acostamentos, que são estreitos, porém muito atrativos pela beleza da fauna preservada, por ser uma reserva ambiental e um caminho pouco conhecido pelos estradeiros.



Cheguei no meio da subida, cerca de 18 quilômetros morro acima à partir da ponte sobre o rio Sapucaí, onde me deparei com uma das belezas naturais desta região do Sul da Gerais, o complexo de cachoeiras NINHO DA ÁGUIA, onde fui muito bem recebido e tive a oportunidade de conhecer mais de perto este espaço de lazer tão junto com a natureza que é extremamente preservada! Os interessados podem ter mais informações no endereço eletrônico citado abaixo, ou no link PARCEIROS na barra lateral deste blog.



Infelizmente, meu tempo era curto, tinha que pedalar muito e pretendia chegar em aparecida neste mesmo dia, eram 16:30 mais ou menos e ainda, em minhas contas tinham 82 quilômetros a serem pedalados até meu destino, Aparecida/SP e não pude aproveitar muito a cachoeira NINHO DA ÁGUIA, mais na próxima cicloex pretendo acampar no alto da serra e poder desfrutar uma tarde em suas águas geladas em meio a Floresta da Mantiqueira.


Seguindo então, passando pela divisa de estados MG/SP, uma hora depois cheguei ao alto da serra, agora eram 18 quilômetros de descida até a cidade de Piquete/SP.
Desci em menos de 20 minutos e pedalei forte até chegar à cidade de Lorena/SP, meio perdido entre a cidade me deparei com um pequeno trecho de ciclovia e parei para fazer um rápido contato com a família, já que na serra quase não existe sinal para telefone móvel, foi quando bem de frente onde eu estava sentado, chegou um ciclista e tocou a campainha de uma casa, enquanto ninguém aparecia na porta, perguntei ao mesmo a distância de Lorena até Aparecida, seu nome era Leonardo e por coincidência um mineiro quase conterrâneo, de PoçoFundo/MG. Ele respondeu que quase 30 quilômetros, eu estava um pouco exausto e como o anoitece já vinha caindo, cogitei a possibilidade de um acampamento pelo caminho e lhe perguntei se conhecia algum lugar propício para tal, para minha desilusão a resposta foi que eu estaria correndo um risco se resolvesse acampar no caminho, já que as cidades de Lorena, Guaratinguetá e Aparecia são praticamente emendadas não tendo campos verdes como o trecho de MG, só tinha uma alternativa... Pedalar forte mais 30 quilômetros e enfim poder tomar um banho e dormir em uma cama macia para recuperar as energias para a volta no dia seguinte. (Leonardo foi cortês e mostrou ser um conterrâneo de verdade oferecendo pouso em sua república em Lorena mais preferi seguir caminho e ganhar tempo, obrigado CONTERRÂNEO!).








         Cheguei então até Aparecida/SP por volta das 20:30 e fui logo procurando um hotel, pesquisei vários, eu estava mais preocupado com onde iria ficar minha “NAVE”(é como chamo minha magrela...rs), chegando até ao HOTEL SÃO GABRIEL, consegui uma pernoite com café da manhã e um local seguro para minha nave e à 500 metros da basílica, onde ao amanhecer(7:00 da manhã) iria assistir a uma missa antes de iniciar a segunda parte desta viagem cicloturística.
 

Muitas fotos, vídeos, amizades, paisagens, adrenalina, diversão, assim posso relatar mais esta experiência como cicloturista, consegui pedalar de volta até a cidade de Santa Rita do Sapucaí/MG, onde acampei por volta das 21h00min no jardim do laticínio COOPERITA que fica às margens da MG-179, uma noite de sono leve depois de tomar uma lata de cerveja e comer um pacote de azeitonas em conserva e muita bolacha de água e sal (a única coisa que consegui no boteco de beira de rodovia, a segunda opção era salgadinho de isopor e refrigerante, preferi a 1°)  antes de me deitar, onde eu acordava com cada folha que caía das árvores que envolviam minha barraca e minha bicicleta... Acordei pedalando e chegando em Cachoeira de Minas por volta da 11:30hs consegui uma bela de uma refeição a lá conterrâneo, R$10,00 self-séviçe à vontade com tudo que um esfomeado gostaria de comer depois de tanto pedalar!!! Foi o dinheiro mais bem gasto durante todo o percurso!!

Com a barriga muito cheia, e aquela lombra batendo, saí do restaurante depois de 40 minutos de muita comilança sob o sol do meio dia, pedalando devagar e sempre sentido minha cidade natal à 68 quilômetros... Mais ainda faltava um personagem ilustre para encerrar a viagem, pouco antes de Poço Fundo/MG, vejo saindo correndo da guarita de uma cooperativa em direção ao meio da rodovia acenado com os braços e dizendo algo que eu não ouvira por conta dos fones que tocavam um bom e velho Black Sabbath!! Logo retirei os fones e fui encostando, se tratava de um novo amigo que esta cicloexpedição me dera de presente; Rovilson é morador de Cachoeira de Minas e faz o percurso até aparecida à 20 anos em uma Barra Forte adaptada ao seu gosto. Pessoa muito humilde e hospitaleira me levou até o interior do recinto onde encheu minhas garrafas de água gelada e trocamos um dedo de proza também com seus amigos de trabalho que deve ter durado mias ou menos uma hora... Mais uma nuvem de chuva se aproximava, era hora de partir e levar na lembrança a generosidade e amizade de pessoas que se tornam amigas por intermédio de um veículo... A BICICLETA!!!!

Cheguei a minha cidade por volta das 18h00min e fui direto para aquela ducha merecida e depois aquele cafezinho que só minha mãe sabe fazer!


Uma experiência divina onde a Fé foi a minha força, e nunca sairá da minha memória!!! Obrigado à todos que me apoiaram nesta aventura e todos que me receberam tão bem no decorrer desta viagem... OBRIGADO E ME AGUARDEM QUE EM BREVE NOS ENCONTRAREMOS NOVAMENTE!!!

*570 KM PERCORRIDOS, MAIS DE 10.000 CALORIAS QUEIMADAS, PERDA DE 2,5KG DO PESO CORPORAL, CERCA DE 48 HORAS PEDALANDO COM 35KG DE BAGAGEM E MUITOS AMIGOS PELO CAMINHO!!!!

GOOD PEDAL’S!!!!!!!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A PRAÇA TAMBÉM É NOSSA, E O PARACICLO É UM DOS NOSSOS DIREITOS!!


O intuito desta matéria é chamar a atenção para as necessidades de nossa cidade em relação à bicicleta.

Arquitetos e urbanistas estão próximos a realizar mais uma reforma, desta vez no centro da cidade de ALFENAS/MG.

A preocupação de nós ciclistas, é se a “MOBILIDADE SUSTENTÁVEL” fará parte desta empreitada arquitetônica e urbanística, pois muitas pessoas têm dificuldade em estacionar suas bicicletas no centro da cidade, entre outras necessidades a serem abordadas como passagens em nível para acesso de deficientes, que ocorrem em pontos (embarque-desembarque) distantes entre si.


A falta de incentivo vem freando o uso da bicicleta como meio de transporte na maioria das cidades, quando na verdade este deveria ser incentivado para que cada vez mais alcancemos os índices de qualidade de vida.

Estacionar bicicleta na cidade é um desafio e também uma questão de sorte, isto por que mesmo inadequadamente, meios criados pela população são bem concorridos, pois é impossível trancar mais de duas bicicletas em um poste de sinalização, ou em uma lixeira.
  Com grande movimento de bicicletas na cidade, a falta de padronização deste meio de transporte tem causado uma desordem para toda a população forçando ciclistas a “andarem na contramão das leis”.

Iniciativas como as do projeto “Alfenas Ciclista Cidadão” tem a intenção de auxiliar novas obras no ponto de vista cicloviário, os paraciclos são indispensáveis  nesta revitalização sendo que o problema existe muito antes de chegarmos à essas conclusões, já que a cultura da cidade respira a bicicleta. Uma boa parte dos usuários pertencem à terceira idade tornando ainda mais necessário esta padronização como ressalta o Sr. Eduardo Paulino:
- “Fica difícil sair de casa usando a condução (bicicleta), nunca encontro um lugar seguro para deixá-la por isso saio pedalando mais a passeio, do contrário, só quando não tem jeito mesmo aí agente conta com a sorte e acorrenta em uma árvore, ou um poste”! (E lembra que foi roubado por duas vezes!)
No próximo dia 27 de janeiro de 2012 as 19h30min no CLUBE XV DE NOVEMBRO (Centro da cidade) será realizada uma audiência pública, sendo tema do debate a revitalização da Praça Getúlio Vargas.
É de interesse de toda a população que compareça à audiência e dê a sua opinião, exercendo assim nosso direito de Cidadão Alfenense e apontando os pontos que precisam ser melhorados como a instalação de paraciclos em pontos que favoreçam os frequentadores da praça e os que usam a bicicleta para diversos fins como passeio, trabalho ou transporte.

Ciclovias e ciclofaixas estão em análise por ambas as partes, governantes e ativistas, com o intuito de chegar à um projeto concreto e funcional para todos os cidadãos, mesmo com as dificuldades encontradas por parte dos ativistas em conseguir apoio dos órgãos competentes.

No meu ponto de vista deveremos ser apoiados pelos comerciantes da cidade, uma vez que concluída a reforma e instalando paraciclos em diversos pontos, quem tem a ganhar com isso muito mais que nós ciclistas, é o próprio comércio!

Só não podemos deixar concluírem obras sem a opinião e instrução de quem está do outro lado do problema; nós ciclistas, afinal:

- A PRAÇA É NOSSA!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

CICLOEXPEDIÇÃO BASÍLICA DE APARECIDA/SP ESTÁ PRÓXIMA!


VOCÊ ESTÁ EM: 


               byketripdasgerais.blogspot ALFENAS/MG

Ciclovia, uma alternativa barata e ecológica!!

   A poluição e os congestionamentos já começam a ser problema dos pequenos e médios centros urbanos, nos horários de pico, ou no centro da cidade onde conseguir uma vaga para estacionar se tornam um problema.
Tudo isso para levarmos os filhos à escola, ou irem à faculdade, ao banco e até mesmo um passeio para um sorvete com a família acabam se tornando um transtorno.
   Em minha cidade não é diferente, ALFENAS/MG, com 75.000 habitantes, sem contar os universitários que elevam esses números para flutuantes 92.000 Habitantes. E podendo aumentar com a implantação de um novo centro de ensino público universitário na outra extremidade da cidade, a UNIFAL.
   Por se tratar de ensino público, os estudantes da UNIFAL em sua maioria contam somente com o transporte público.
   Já podemos presenciar congestionamentos nos horários de pico, isso talvez pela má distribuição das vias principais ou até mesmo pelo costume dos motoristas de sempre usarem as mesmas vias, isso quando se tem opções, claro... E como nossa cidade caminha cada vez mais para o crescimento, estes fatos irão ganhando proporções cada vez maiores.

   Porém, estes fatos poderiam ter um rumo diferente, com a organização de FAIXAS CICLOVIÁRIAS nas vias principais da cidade.    Alfenas conta com um relevo favorável para este meio de transporte, a não ser nos bairros mais afastados, porém onde os transportes públicos e automóveis podem circular sem causarem congestionamentos.
   O transporte por meio de bicicletas, contaria com ciclofaixas nas principais vias onde congestionamentos são mais freqüentes.
   Podemos observar que este meio de transporte já é bem usado aqui em ALFENAS/MG, porém não é regulamentado se tornando um desafio passar por entre os carros que não tem espaço para ficarem em pareados, porém contam com espaço de sobra se organizados em fila e mesmo assim motoristas insistem em ficar em zigzag nas ruas, ou seja, tá sobrando espaço, falta só organização. Deixando de se tornar um verdadeiro caos de bicicletas, carros e motos zigzagueando pelas vias.
   O sistema contaria com pontos estratégicos para locação de bicicletas, uma vez que o projeto irá favorecer os que não possuem bicicletas e também os que já possuem com o estacionamento de bicicletas. Muitos ciclistas deixam de se locomover pela falta de um estacionamento seguro. Não podendo, por exemplo, ir ao centro, pois não teriam onde deixarem suas bicicletas. E isso acontece nos lugares onde o fluxo de bicicletas seria muito maior sem este problema, lugares onde o transito é caótico.
   A cidade também disponibiliza de espaços que já são usados por ciclistas locais para a prática deste exercício que traz um bem estar para o corpo e para a alma e ainda colabora com a natureza.
   Podemos citar como exemplo o continente europeu onde esta idéia é bem difundida, sendo a pioneira desta idéia em 1966 com o idealizador Luud Schimment como vocês puderam conferir na matéria anterior aqui no Byke trip das Gerais, em Paris, França e o nosso vizinho Portugal, e em grandes centros turísticos aqui no Brasil como Rio de Janeiro, Santa Catarina, Salvador, Brasília entre outras.
   Os benefícios são diversos. Um deles é favorecer os próprios meios de transporte dando espaço para quem realmente necessita dos automóveis.
   Centrais de locação espalhadas por pontos da cidade, todos conectados em um programa de rede on-line permitindo que as bicicletas locadas em um ponto possam ser devolvidas em qualquer outro ponto da cidade.





FLUÊNCIA NO TRANSITO – SAÚDE – 0%POLUENTES – SUSTENTABILIDADE


 

domingo, 15 de janeiro de 2012

A luta é de todos!


Uma questão polêmica entre cicloativistas envolve as formas de defender a utilização da bicicleta em substituição ao automóvel. Não raro, ecoam opiniões de hostilidade contra todo o conjunto de motoristas como se eles estivessem inseridos e catalogados em espécie predadora. Sabemos que isso não é verdade, até porque muitos motoristas também fazem uso da bicicleta em algum momento de suas vidas. Minha opinião muitas vezes se divide diante do elevado grau de atraso cultural em que se encontra o país como um todo. Acredito sim em atitudes conciliadoras que possam contemplar o conjunto de pedestres, ciclistas e motoristas em prol de uma mobilidade pacífica, mas que tenham como objetivo principal a reivindicação de melhor utilização das verbas públicas que melhorem o trânsito e diminua a quantidade de suas vítimas. Algumas cidades holandesas, por exemplo, oferecem estacionamento de carros com preços inacreditavelmente baixos ou gratuitos nas grandes lojas de departamentos e shoppings, entretanto isso não diminui o interesse pela bicicleta. O segredo de tanto sucesso consiste em tornar interessante, atrativo e seguro andar de bicicleta pelas cidades da Holanda. De nada vai adiantar pensar em desestimular o uso do carro com aumento de petróleo, elevando o preço de estacionamentos, estabelecendo rodíleo, ou elevando o preço de estacionamentos no centro, ou estabelecendo rodm tornar atrativo o em prol da mobilidade paczio em alguns pontos da cidade ou promovendo a guerra contra motoristas numa busca frenética de convencimento de algo já público e notório. Certamente isso não vai trazer resultados práticos, pois não há registro de sucesso em nenhuma parte do mundo com atitudes unilaterais e repressivas. Se a bicicleta tornar-se algo atrativo, as pessoas logo se voltarão para seu uso diário desde que seja mais conveniente e prazeroso. Pessoas gostam de realizar suas próprias escolhas e isso não pode ficar esquecido.
TEXTO - Djanilson, bicicletaemleituras.blogspot

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A crescente demanda das bicicletas pelo mundo.




   

               O número de ciclistas cresce a cada dia em todas as partes,mais as facilidades voltadas a eles são implementadas de maneira muito lenta.
                    A razão da pouca preocupação ou total ausência do Poder Público em relação ao ciclista está no fato de que o direcionamento da política de transporte nestes últimos 40 anos foi completamente voltado para os modos de transportes ligados à indústria automobilística, o que contou com total apoio da população brasileira.      Mudar este “vício” demanda tempo. Vale lembrar que não só ciclistas foram prejudicados neste direcionamento de política de transportes.
                  A bicicleta é pensada como um elemento à parte no conjunto do sistema de transporte. Não se pensa na bicicleta trabalhando de forma integrada com os outros modais de transporte coletivo, o que é um erro.
   São três as questões a serem consideradas para desenvolver facilidades para circulação de bicicletas
- Qual o papel da bicicleta nos sistemas de transportes?
- Qual o lugar da bicicleta no sistema viário?
- Qual a imagem da bicicleta como elemento agregador de valores?
   Esta discriminação criou uma imensa demanda de necessidades básicas do usuário de bicicletas: segurança no trânsito, segurança com relação a roubos, facilidades de estacionamento, só para citar os principais. 
É normal que órgãos públicos voltados ao transporte e a segurança no trânsito estejam despreparados para o convívio com os problemas do ciclista. Mas também é clara a situação de que a cada dia mais técnicos da área estejam atentos e interessados nos problemas da bicicleta e do ciclista. Infelizmente estes não contam experiência e números estatísticos confiáveis. Pior, não raro sofrem pressão, algumas vezes confronto, de pequenos grupos organizados ou indivíduos ligados ao meio.
     O desenvolvimento desordenado e rápido de nossas cidades só agora começa a despertar a população para pensar de maneira séria outras alternativas de transporte, dentre elas a bicicleta. É provável que em pouco tempo comece haver pressão política favorável a bicicleta.
    Hoje, o maior problema para a melhora das condições de uso da bicicleta como modo de transporte está no fato que ciclistas e o setor não conseguem se fazer representar como classe ou grupo em nossa sociedade. E se não há representatividade, não há pressão. Decisões políticas só são tomadas por pressão social.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Dicas para ter uma vida mais sustentável em 2012

   Para você manter hábitos sustentáveis em 2012 e não deixar somente como promessa de fazer algo melhor para o planeta, o CicloVivo separou algumas dicas para tornar seu ano mais ecológico, assim você diminui sua pegada ambiental e colabora com o meio ambiente local e global. Através de pequenas mudanças podemos fazer muito pelo nosso futuro.

Produtos de Limpeza - O primeiro passo para adquirir uma vida mais sustentável pode ser dado em sua própria casa, na escolha dos produtos de limpeza que você utiliza. Alternativas caseiras como sódio, limão e vinagre podem substituir os produtos de limpeza tradicionais que muitas vezes são tóxicos para o meio ambiente. Se optar por comprar ao invés de fabricar o seu, escolha os que são biodegradáveis e evite os que possuem fosfato em sua composição.

Sacolas Plásticas - O plástico mata milhares de animais por ano além de poluírem o meio ambiente. O papel apesar de biodegradável possui desvantagens ambientais e econômicas em sua fabricação, sendo assim escolha sacolas de pano ou retornáveis para fazer o transporte de suas compras.

Papel - Para o consumo de papel prefira o reciclado que consome de 70% a 90% menos energia que o comum além de poupar nossas florestas.

Garrafas Plásticas - Reutilize garrafas plásticas quando estas não puderem ser substituídas ou escolha squeezes e canecas para matar sua sede. Além de sair mais barato você evita o descarte no meio ambiente. Para os outros produtos que contenham plástico escolha os de embalagens maiores e de preferência com refil; embalagens pequenas é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais.

Economia de energia - Existem diversas maneiras de se poupar energia dentro de casa, uma delas é utilizar uma garrafa térmica com água gelada e cubos de gelo; esta opção evita o abre-fecha da geladeira e fornecerá água gelada para um dia inteiro. Quando for cozinhar retire todos os ingredientes da geladeira de uma só vez.



Eletrodomésticos - Mantenha sua geladeira longe do fogão, pois com o calor, a geladeira precisa consumir mais energia para compensar o aumento da temperatura. Descongele sua geladeira ou freezer antigos pois o excesso de gelo faz com que circule menos ar frio no aparelho sendo necessário maior gasto energético para compensar ou considere trocar de aparelho. Os eletrodomésticos novos consomem até metade da energia comparado aos modelos antigos.

Lâmpadas - Substitua as lâmpadas incandescentes por fluorescentes que gastam 60% menos energia. Retire os aparelhos da tomada ao invés de deixar em standby pois este modo consome de 15 a 40% de energia mesmo estando desligado.

Computador - Participe de ações virtuais. A internet é uma boa arma para conscientização e mobilização das pessoas. Faça reuniões de trabalho por vídeo conferência para encontros de quinze minutos ao invés de presenciais. Você evita o trânsito, a emissão de gás carbônico, o estresse além de economizar dinheiro e poupar o meio ambiente. Desligue o computador se ficar mais de duas horas sem utilizá-lo e o monitor por 15 minutos. O maior responsável pelo consumo energético do computador é o monitor, os de LCD são mais econômicos.

Ar condicionado - Desligue o ar condicionado a uma hora do final do expediente; a economia de 12,5% diária representará o equivalente a quase um mês de economia no final do ano. Faça a manutenção do seu equipamento; um ar condicionado sujo representa 158 kg de CO2 a mais na atmosfera por ano. O ventilador de teto consome 90% menos energia, combinar o uso dos dois também pode ser uma boa opção, para isso regule o ar condicionado no mínimo e ligue o ventilador.

Lavando Roupa - Retire imediatamente as roupas da máquina de lavar quando estiverem limpas e pendure-as no varal ao invés de usar a secadora, deste modo as roupas ficarão menos amassadas poupando energia e trabalho na hora de passar. Para lavar a louça ou a roupa procure usar água morna ou fria, e utilize as máquinas quando estiverem cheias, se não for possível use a metade da capacidade e selecione o modo de menor consumo.

Escolha eletrodomésticos com melhor eficiência energética. Os aparelhos nacionais possuem o selo Procel e os importados o selo Energy Star.



Água - Não é muito difícil economizar água em nossas atividades diárias. Basta fechar a torneira enquanto escovar os dentes, reduzir alguns minutos do banho de preferência de chuveiro ao invés de banhos de banheira que consomem até quatro vezes mais energia e água, não permitir que as crianças brinquem com água, instalar válvulas na descarga para regular a quantidade de água liberada e nos hotéis, opte por trocar lençóis e toalhas a cada três dias.

Cozinha - Para manter uma cozinha ecologicamente correta o primeiro passo é manter a dispensa e a geladeira organizadas. Isso contribui para um melhor planejamento da lista de compras, evitando gastos desnecessários, desperdício de alimentos e de energia. Faça farinha de rosca com pães velhos e salada com as frutas não muito frescas ao invés de dispensá-las.
Tampe suas panelas enquanto você cozinha e aproveite mais o calor. Prefira cozinhar na panela de pressão além de ser mais rápido você economiza 70% de gás. Cozinhe em fogo brando, pois por mais que você aumente o fogo sua comida não cozinhará mais depressa porque a água não ultrapassa 100 ºC em uma panela comum. Coma menos carne vermelha, a criação de bovinos é uma das maiores emissoras de gases de efeito estufa além de demandar grande quantidade de água em sua produção. Escolha alimentos frescos ao invés de congelados e enlatados.
A comida congelada é mais cara e consome mais energia ao ser produzida e os enlatados geram mais resíduos. Evite pedir comida para viagem economizando as embalagens utilizadas. Compre produtos orgânicos e incentive o comércio para que os preços caiam. Estes alimentos respeitam os ciclos de vida dos animais, vegetais e do solo e não contaminam o meio ambiente, além de serem muito mais saudáveis. Frequente restaurante que estimulam este tipo de alimentação.



Lixo - Faça compostagem do material orgânico que sobrar, reduzindo o lixo dos aterros sanitários e a emissão de metano na atmosfera. Além de reduzir o problema você terá um jardim bonito e saudável. Faça coleta seletiva dos materiais reciclados e se não houver este serviço em seu bairro procure um posto de coleta. O óleo de cozinha costuma ser jogado na pia, mas cada litro de óleo chega a poluir um milhão de litros de água. Existem pontos de coleta específicos somente para a recolha desse material.

Pilhas - Use somente baterias e pilhas recarregáveis ou invés de pilhas comuns. Não troque de celular se ele ainda estiver em pleno funcionamento. As peças do aparelho usam derivados de petróleo e metais pesados em suas baterias.

Consumo Consciente - Ser sustentável no caso do consumo não significa que estamos proibidos de fazer compras mas que podemos optar por produtos mais duráveis, verificar se é ecológico e quais os impactos de seu descarte.

Transporte - Ao comprar um carro por exemplo escolha o modelo mais ecológico, que emita menos poluente como o flex ou os carros movidos a etanol. Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana-de-açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos. Mantenha o carro regulado, ande mais de transporte coletivo, ofereça carona e ande mais a pé ou de bicicleta.

Meio Ambiente - Tenha responsabilidade ambiental, plante uma árvore em seu bairro, proteja uma floresta, regue as plantas à noite ou pela manhã bem cedo, assim você impede que a água se perca na evaporação, e também evita choques térmicos que podem agredir suas plantas; informe-se sobre a política ambiental das empresas que você contrata e considere o impacto de seus investimentos.
Essas dicas são muito simples de serem praticadas, basta atentarmos a elas e nos esforçar um pouco para fazermos diferença no futuro do planeta.

CORTESIA - CICLOVIVO.COM

domingo, 1 de janeiro de 2012

BIKEBOY, rapidez, economia e sustentabilidade!


bikeboys-capa.jpg
Os entregadores utilizam bicicletas no lugar das indesejáveis motocicletas/Foto: Mauricio Kanno
  
   Há alguns anos, cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro já possuem uma alternativa às poluentes e barulhentas motocicletas. São os bikeboys, profissionais capacitados em serviços de busca e entrega que, em vez das tradicionais motos, vão de bicicleta.
  
   O serviço funciona da mesma maneira. O cliente liga para a empresa, solicita o serviço e o bikeboy pega a magrela e o capacete e sai para fazer as entregas. As vantagens: serviço mais barato, em tempo igual ou até inferior ao da motocicleta, menos trânsito, mais saúde para os entregadores e, claro, poluição zero.

   Algumas empresas de entrega já trabalham com as duas opções. Os motoboys continuam fazendo as entregas que exigem longos deslocamentos, já para entregas pelas redondezas, os convocados são os ciclistas.

Velocidade
   Quem usa o sistema garante que os bikeboys fazem as entregas em tempo igual e até menor que os motoboys. Em entrevista ao jornal Zero Hora, o coordenador de marketing da empresa de entrega Bike Courier, José Leite Neto, explicou como isso acontece: "como o ciclista não precisa parar apenas em lugares apropriados, como o motoboy, e pode pegar atalhos por vielas mais estreitas, não é raro a entrega ser feita em menos tempo".
Ele ainda conta que esse fator torna as entregas mais baratas. “O valor cobrado tende a ser menor, uma vez que o serviço é cobrado por distância e não por hora", informou. A diferença pode chegar a 30% entre os dois tipos de serviço.
bikeboys-vertical.jpgTreinamento
Os ciclistas são treinados e aprendem a se locomover com segurança em meio ao caos do trânsito das cidades, respeitando os pedestres e dando prioridade a carros e ônibus para evitar acidentes. Tanto cuidado não é para menos. Cidades grandes, como São Paulo, possuem poucos quilômetros de ciclovia e os bikeboys chegam a pedalar mais de 100 km por dia.
Meio ambiente
Pouca gente sabe, mas as motocicletas são doze vezes mais poluentes do que os carros. Enquanto um carro zero a gasolina lança no ar 0,4 gramas de monóxido de carbono por quilômetro rodado, uma moto nova emite 6 gramas na mesma distância. Apesar da aparência inofensiva, as motos poluem mais até que os ônibus.
Uma pesquisa realizada pelo Programas de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE, para automóveis, e PROMOT, para motocicletas) mostrou que uma moto emite mais monóxido de carbono e hidrocarbonetos que um ônibus - isso em valores absolutos. Ou seja, se dividirmos os valores pelo número de ocupantes de cada veículo, essa diferença será ainda mais destoante.

   Se você gostou da ideia e quer experimentar esse tipo de serviço, confira abaixo algumas empresas que já dispõem de bikeboys:
São Paulo - SP
Bike-courier
11 5549-6422
Ecobiker
11 3461-4853 / 3596-6432 / 7075-8922
Exodus Express Bike
11 5514-0876 / 7665-4915
Belo Horizonte - MG
Transpedal Entregas Rápidas
31 3482 4886 / 3072 0926
Porto Alegre - RS
Bike Entrega
51 3332-0404
Rio de Janeiro - RJ
Bike Express
21 2532-1862

CORTESIA - http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/bikeboy-e-opcao-mais-economica-e-sustentavel-ao#ixzz1iFWHXN4G