sexta-feira, 18 de maio de 2012

Tendência para Bicicleta como meio de Transporte


Quais são os projetos, melhorias e tendências para que nos próximos anos as cidades fiquem mais amigáveis à bicicleta?

1-Sistema de aluguel de bicicletas
O aluguel de bicicletas já é realidade em algumas cidades, como Londres, Amsterdã, Montreal e muitas outras. Aqui no Brasil, há alguns projetos em andamento no Rio de Janeiro, João Pessoa e Blumenau.
A maior vantagem do sistema de aluguel temporário de bicicletas é o incentivo ao uso da bike para pequenos trajetos ao longo do dia. Com o aluguel, o ciclista não precisa se preocupar onde vai deixar a bicicleta após o uso, ele pode usar o sistema em conjunto com outros meios públicos de transporte e até com o carro.
Um exemplo muito claro de uso do aluguel de bicicletas em São Paulo seria no centro da cidade. Naquela região, é muito complicado andar de carro porque as ruas são estreitas e é muito difícil encontrar estacionamento. O cidadão poderia chegar de metrô até o centro, alugar uma bicicleta e pedalar até seu destino final, por exemplo.
Além de beneficiar as pessoas que alugam a bicicleta individualmente, o coletivo também é beneficiado porque quanto mais bicicletas nas ruas, maior será o respeito dos motoristas. E o sistema também pode incentivar quem nunca pensou em pedalar e experimentar a bicicleta.

2-Bicicletários bem estruturados
De que adianta a pessoa se propor a usar a bicicleta como meio de transporte se ela não vai encontrar locais seguros e adequados para guardar a bicicleta espalhados pela cidade?
Projetos como este estacionamento vertical de bicicletas no centro da Filadélfia (EUA), em um local atualmente ocupado por um estacionamento, devem ser aprimorados e exportados para outras metrópoles.
No projeto da Filadélfia, além de mais de 600 vagas de bicicletas, está prevista a instalação de uma oficina, um café e vestiários para os ciclistas.
É claro que uma estrutura desse tipo é uma coisa muito avançada e difícil de ser reproduzida. Mas já agradecemos se o número de bicicletários de expandisse e não ficasse restrito às estações de metrô e trem das cidades.

3-Ciclofaixas e Ciclovias
A criação de novas ciclovias e ciclofaixas é provavelmente a maior tendência para as cidades que pensam na bicicleta como uma alternativa ao carro. No Brasil, já existem algumas iniciativas das Prefeituras para melhorar as condições para os ciclistas que pedalam nas cidades. Porém, a maioria das cidades brasileiras ainda está longe de ter condições boas e seguras para os ciclistas circularem no trânsito urbano.
É importante ressaltar que a ciclovia por si só não vai garantir que as pessoas usem a bicicleta. Ela precisa ser projetada para percorrer pontos estratégicos da cidade, interligar as regiões e ser bem acessível.
Além disso, é impossível ter ciclovias e ciclofaixas em todas as ruas de uma cidade. Então, ela deve ser usada especialmente em grandes avenidas e vias mais perigosas. Nas outras vias de menor tráfego, o ciclista pode e deve continuar pedalando pela rua, de preferência, sendo respeitado pelos motoristas.

4-Incentivo à comutação
Para que cada vez mais pessoas passem a usar a bicicleta como meio de transporte, é necessário que a administração pública facilite o uso combinado da bike com outras formas de transporte, como o ônibus, metrô e trem.
A comutação em grandes cidades brasileiras ainda é incipiente, com exceção do uso que os ciclistas fazem da balsa que liga Santos a Guarujá. Em São Paulo, por exemplo, é impossível entrar com a bicicleta nos vagões em dias de semana (somente após as 20:00 horas), sendo que o uso é apenas liberado aos fins de semana, após as 14:00 do sábado.
Um ônibus com um rack para bicicletas na parte da frente, muito usado no exterior, está em fases de testes em São Paulo. Este é um projeto que pode dar certo e facilitar muito a vida dos ciclistas da cidade.

5-Estrutura em Empresas
Muitas vezes, é fácil reclamar da inércia dos governos e colocar a culpa pelo baixo número de pessoas usando a bicicleta como meio de transporte nas deficiências da administração pública. Mas o grande problema apontado por aqueles que querem trabalhar de bicicleta, mas não conseguem, é a falta de estrutura na própria empresa.
Pode parecer absurdo, mas é muito grande o número de empresas, escritórios e repartições públicas que não oferecem nem um simples paraciclo ao ciclista. O que algumas poucas empresas têm feito, e que deve ser tendência para os próximos anos, é oferecer um vestiário adequado, com armários individuais, para incentivar os funcionários a irem de bicicleta ao serviço. Afinal, funcionário que chega pedalando trabalha mais feliz e com mais disposição, não é?!

GOOD PEDAL'S


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