O movimento pró-bicicleta que surgiu na Europa e se espalhou pelo mundo muda a cara de metrópoles acostumadas a priorizar o carro – inclusive no Brasil.
Num dia chuvoso de 1997, o carioca Robert Jacob, agente do mercado financeiro, pegou o carro cedo para realizar uma transação urgente no centro do Rio de Janeiro. Não conseguiu ir além da segunda esquina – as ruas da Gávea, onde morava, estavam alagadas. Em desespero, Jacob deu meia-volta, tirou da garagem a bicicleta usada apenas nos fins de semana, pôs o terno em uma mochila, vestiu short e camiseta e enfrentou a chuva esgueirando-se entre filas de carros parados. Em 40 minutos, estava no centro, a tempo de evitar um mau negócio. Naquele dia, Jacob transformou-se em um ciclista urbano.
O espaço reservado às bicicletas no Brasil quadruplicou desde 2003, segundo dados oficiais. De 600 quilômetros de ciclovias no país inteiro, passou-se a 2.500 – sem falar na adaptação de calçadas e na criação de faixas preferenciais. Ainda é pouco perto da campeã Holanda, um país que, numa área equivalente à do Estado de Pernambuco, tem 34.000 quilômetros de ciclovias. Mas o número de iniciativas vem crescendo. Cidades tão diferentes quanto Aracaju, Brasília e São Paulo lançaram projetos para bicicletas. Outras, como Praia Grande, em São Paulo, e Curitiba, já são consideradas exemplos. A capital do Paraná é a campeã brasileira em quilometragem exclusiva para bicicletas (122 quilômetros). Planeja implantar um sistema de aluguel de bicicletas públicas semelhante ao de cidades como Paris e Barcelona, as vedetes dessa onda.
O Brasil tem a sexta maior frota do mundo de bicicletas, cerca de 75 milhões. Em cidades pequenas, onde o tráfego de automóveis não é problema, as bicicletas sempre foram um meio tradicional de transporte, mesmo sem pistas específicas para elas. Nas grandes cidades, porém, o risco de enfrentar os automóveis soma-se à falta de ruas adaptadas. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, na cidade um ciclista morre atropelado a cada quatro dias.
Bikes não poluem, não gastam energia elétrica e aliviam o trânsito – estima-se que numa via por onde passem 450 carros por hora caibam 4.500 pessoas pedalando. As obras de adaptação das ruas à bicicleta são de baixo custo e de manutenção mais simples. Numa pesquisa feita pelo Ibope em São Paulo em 2007, 34% dos entrevistados declararam que jamais usariam bicicleta no dia-a-dia, mesmo se houvesse incentivos, mas 36% disseram que a construção de ciclovias e bicicletários nos locais de trabalho ajudariam a convencê-los a trocar o carro pela bicicleta nos deslocamentos diários.
É ISSO GALERA...É O PEDAL NO CORPO E NA MENTE...PEDAL SÃO MENTE SÃ...E ASSIM VAMOS CONTRIBUINDO CADA VEZ MAIS COM O NOSSO MEIO AMBIENTE!!!
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