O número de ciclistas cresce a cada dia em todas as partes,mais as facilidades voltadas a eles são implementadas de maneira muito lenta.
A razão da pouca preocupação ou total ausência do Poder
Público em relação ao ciclista está no fato de que o direcionamento da política
de transporte nestes últimos 40 anos foi completamente voltado para os modos de
transportes ligados à indústria automobilística, o que contou com total apoio
da população brasileira. Mudar este “vício” demanda tempo. Vale lembrar que não
só ciclistas foram prejudicados neste direcionamento de política de
transportes.
A bicicleta é pensada como um elemento à parte no conjunto
do sistema de transporte. Não se pensa na bicicleta trabalhando de forma
integrada com os outros modais de transporte coletivo, o que é um erro.
São três as questões a serem consideradas para desenvolver
facilidades para circulação de bicicletas
- Qual o papel da bicicleta nos sistemas de transportes?
- Qual o lugar da bicicleta no sistema viário?
- Qual a imagem da bicicleta como elemento agregador de
valores?
Esta discriminação criou uma imensa demanda de necessidades
básicas do usuário de bicicletas: segurança no trânsito, segurança com relação
a roubos, facilidades de estacionamento, só para citar os principais.
É normal que órgãos públicos voltados ao transporte e a
segurança no trânsito estejam despreparados para o convívio com os problemas do
ciclista. Mas também é clara a situação de que a cada dia mais técnicos da área
estejam atentos e interessados nos problemas da bicicleta e do ciclista.
Infelizmente estes não contam experiência e números estatísticos confiáveis.
Pior, não raro sofrem pressão, algumas vezes confronto, de pequenos grupos
organizados ou indivíduos ligados ao meio.
O desenvolvimento
desordenado e rápido de nossas cidades só agora começa a despertar a população
para pensar de maneira séria outras alternativas de transporte, dentre elas a
bicicleta. É provável que em pouco tempo comece haver pressão política
favorável a bicicleta.
Hoje, o maior
problema para a melhora das condições de uso da bicicleta como modo de
transporte está no fato que ciclistas e o setor não conseguem se fazer
representar como classe ou grupo em nossa sociedade. E se não há
representatividade, não há pressão. Decisões políticas só são tomadas por
pressão social.
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