A ideia era disponibilizar bicicletas pintadas de branco conhecidas como "old dutch" no centro de Amsterdã para que fossem usadas por todos e se tornassem uma opção comunitária de transporte. |
A ideia do inventor batizada de "happening" era disponibilizar bicicletas pintadas de branco conhecidas como "old dutch", no centro de Amsterdã para que fosse usadas por todos e se tornassem uma opção comunitária de transporte. Para começar o projeto, dez bicicletas foram pintadas de branco e disponibilizadas em um determinado ponto da cidade.
"O plano era parar o carro, a destruição da cidade, a poluição, deixando os automóveis fora do município, e dar um novo instrumento para que as pessoas pudessem usar quando quisessem viajar: bicicletas gratuitas, para todos", declarou o designer em entrevista ao site Pedal Power. Porém, o plano do inventor foi barrado pela polícia, que confiscou as bicicletas. "A polícia levou embora, é claro, pois para eles não era permitido parar uma bicicleta sem cadeado."
Luud Schimmelpennink. |
Na mesma entrevista Schimmelpennink explica que na cidade não é preciso ter um carro para viver. Ele afirma que não tem um e que quando precisa se locomover, usa a bicicleta ou transportes públicos. E quando o carro é extremamente necessário, ele aluga um.
Para manter os automóveis fora do centro de Amsterdã a ideia do político era remeter aos costumes do século XVI, quando as pessoas que vinham à cavalo e carruagens, paravam antes do centro da cidade, onde deixavam seus transportes e entravam a pé. "Por que não fazer isso agora?", disse ele."Mantenham os carros fora da cidade e deixe as pessoas viverem de outra maneira, a pé, de bicicleta, ou por um carro público elétrico. Nós estimamos que seja preciso um sistema de 80 mil bicicletas e dois mil carros elétricos. O resultado esperado é de que em dez ou oito anos, nós não tenhamos carros com motores a combustão circulando nas ruas de Amsterdã" finaliza.
O programa de bicicletas comunitárias foi retomado no ano 2000 em algumas cidades da Europa. Na França e Espanha, as bicicletas ficam presa em um bicicletário e o usuário precisa estar cadastrado no sistema, já na Alemanha não existem bicicletários e as bikes ficam travadas na rua e são liberadas por código.
De acordo com o site Escola de Bicicleta, em paris o sistema é um dos maiores com mais de 20 mil bicicletas. No primeiro mês de funcionamento já havia um milhão de inscritos na fila. Em barcelona, depois de três meses instalado, levou 70 mil novos ciclistas nas ruas. Em ambos os casos as bicicletas são simples, com design diferenciado e só podem ser estacionadas nos bicicletários disponíveis.
Já na Alemanha, as bicicletas utilizadas pelo sistema são mais sofisticadas, com sistema de rastreamento por satélite. A vantagem destas bicicletas é que podem ser estacionadas em qualquer lugar com os devidos aparatos de segurança para evitar furtos.
Independente da sofisticação, estes modelos de sistema exigem um custo para o usuário, porém o valor é muito mais baixo do que qualquer outro modo de transporte.
Bicicletário em Paris. |
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