As bicicletas vêm sendo usadas como viaturas de emergência
em Uganda, um dos países mais pobres do continente africano. Batizados de
bicycle ambulances, os veículos são uma alternativa mais barata para cruzar
regiões isoladas e ainda levar esperança e qualidade de vida à população
carente.
As bicicletas de primeiros socorros começaram a ser
utilizadas nas regiões isoladas do Uganda devido aos baixos custos e à rapidez
que os veículos sustentáveis têm para passar por estradas improvisadas e
caminhos alternativos. Assim, nos desoladores cenários do país do leste
africano, as bikes equipadas com macas e aparelhos atendem feridos, enfermos e
ainda agilizam o atendimento das mulheres em trabalho de parto.
De longe, o sistema de atendimentos emergenciais parece
simples: os profissionais usam as bicicletas tanto para transportar os
pacientes até os hospitais mais próximos, como para entregar medicamentos às
comunidades e levar médicos para atendimentos nos locais das ocorrências. No
entanto, o serviço depende dos recursos de várias ONGs e instituições, que
fazem a iniciativa sobreviver no Uganda, um dos países mais endividados do
mundo.
É certo que o desempenho das bicicletas não pode ser
comparado às ambulâncias tradicionais, mas o uso das bikes de primeiros
socorros no país africano propaga a cultura dos dois pedais, ajudando a ampliar
a expectativa de vida destas pessoas e até mesmo encorajando alguns moradores
destas áreas a comprarem suas próprias bikes.
Não é só nas regiões carentes do mundo que as bicicletas vêm
sendo utilizadas como viaturas: em algumas cidades do Reino Unido, como
Norwich, Oxford e Londres, elas são utilizadas para driblar o trânsito e chegar
mais rápido à ocorrência – as autoridades públicas do Reino Unido comprovaram
que as bikes conseguem atender a 98% dos chamados, enquanto as ambulâncias têm
sucesso em apenas 75% deles.
As bicicletas também são utilizadas como viaturas de
emergência no Brasil. Em várias cidades, policiais e guardas usam o modal
sustentável para se locomover em pontos estratégicos, locais e horários em que
o tráfego é mais intenso.
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